sábado, 15 de dezembro de 2012

Dicas de DISSERTAÇÃO



A folha em branco, o tempo passando. As unhas roídas, o tema dado e nenhuma idéia. Muitas pessoas já passaram por uma situação semelhante, em que não sabiam absolutamente por onde começar a escrever sobre determinado assunto.
Escrever pode ser fácil para qualquer pessoa, desde que esta queira se empenhar para tanto. Não há mágicas ou fórmulas práticas para aprender a escrever. Na verdade, é um trabalho que depende sobremaneira do empenho do interessado em aprender.
Para este intento, algumas dicas práticas podem ser dadas para auxiliar, mas nada substitui a necessidade de escrever sempre. O ato da escrita deve se tornar algo natural, a fim de afastar o fantasma do “branco total”. Além disso, a leitura e a atualização de informações também colaboram muito na qualidade do texto.
O objetivo da redação é chegar a um texto que será tão repleto de escolhas pessoais (idéias, palavras, estruturas frasais, organização, exemplos) que, até partindo de um mesmo assunto geral, milhares de pessoas podem chegar a um bom resultado apresentando trabalhos nitidamente diferentes.
Para desenvolver esse trabalho, a presente apostila direciona-se ao estudo dissertativo. Será considerada uma média de trinta linhas para as redações, sobretudo no tocante à distribuição destas linhas nas subdivisões textuais apresentadas
Muitas vezes, as maiores dificuldades estão na concretização das idéias no papel. Para auxiliar neste processo, a apostila conta também com um suporte de Língua Portuguesa. A preocupação aqui não é de nomenclaturas ou classificações, o que teve relevo foi a funcionalidade lingüística no momento da escrita.
Alguns pontos merecem destaque especial para um aprimoramento da escrita:







Escrever não significa apenas preencher o papel com frases, mas também não se constitui num martírio. Um texto pressupõe simples operações anteriores, entre as quais está o planejamento.
Assim que se recebe uma proposta de redação, uma série de idéias sobre o assunto vêm à cabeça. Deve-se registrar todos os pensamentos no papel. Fatos, informações, opiniões, um caso que aconteceu na sua rua, tudo deve ser anotado em forma de esquema. Não deve ser preocupação, nessa fase, a ordenação dessas idéias.
Esta primeira fase, denominada fluxo de idéias, é fundamental para a execução da redação. Muitas idéias anotadas talvez nem sejam utilizadas depois, enquanto outras idéias podem surgir adiante.
É claro que as idéias não vão aparecer do nada. Elas fazem parte de um repertório de opiniões, fatos, informações a que se está exposto todos os dias.
Partindo desse conjunto desordenado de idéias, pode-se perceber a possibilidade de agrupá-las segundo certas semelhanças. Uma divisão possível seria em causas, conseqüências e soluções.
Dica para captação de idéias: relacionar o tema proposto com a sociedade brasileira atual e fazer a pergunta “por quê” a cada argumento levantado, a fim de promover uma reflexão mais profunda sobre o assunto.
Lembrar-se de que, ao redigir, não se deve esquecer de:


Com o planejamento abaixo, produza uma dissertação:
  • o acesso ao ensino superior no Brasil
  • papel do vestibular no sistema de ensino brasileiro
  • vantagens e desvantagens do vestibular como mecanismo de seleção ao curso superior
  • solução para o desequilíbrio entre oferta e demanda de vagas no ensino superior


O texto deve ser sempre bem claro, conciso e objetivo. A coerência é um aspecto de grande importância para a eficiência de uma dissertação, pois não deve haver pormenores excessivos ou explicações desnecessárias. Todas as idéias apresentadas devem ser relevantes para o tema proposto e relacionadas diretamente a ele.
A originalidade demonstra sua segurança e faz um diferencial em meio aos demais textos. Só não se pode, em aspecto nenhum, abandonar o tema proposto.
Toda redação deve ter início, meio e fim, que são designados por introdução, desenvolvimento e conclusão, respectivamente. As idéias distribuem-se de forma lógica, sem haver fragmentação da mesma idéia em vários parágrafos.
Elementos de coesão: Algumas palavras e expressões facilitam a ligação entre as idéias, estejam elas num mesmo parágrafo ou não. Não é obrigatório, entretanto, o emprego destas expressões para que um texto tenha qualidade. Seguem algumas sugestões e suas respectivas relações:


Reescreva os fragmentos a seguir, fazendo as adaptações necessárias para uma perfeita compreensão da idéia apresentada.
  • No Brasil não se sente uma necessidade de ajudar o próximo muito forte
  • Todos devem escolher o que mais lhes agrada e não a sociedade.
  • A imprensa é mais uma realização do homem que sofreu, desde a sua descoberta, gradativos aperfeiçoamentos.


Dissertar é um ato praticado pelas pessoas todos os dias. Elas procuram justificativas para a elevação dos preços, para o aumento da violência nas cidades, para a repressão dos pais. É mundial a preocupação com a bomba atômica, a AIDS, a solidão, a poluição. Muitas vezes, em casos de divergência de opiniões, cada um defende seus pontos de vista em relação ao futebol, ao cinema, à música.
A vida cotidiana traz constantemente a necessidade de exposição de idéias pessoais, opiniões e pontos de vista. Em alguns casos, é preciso persuadir os outros a adotarem ou aceitarem uma forma de pensar diferente. Em todas essas situações e em muitas outras, utiliza-se a linguagem para dissertar, ou seja, organizam-se palavras, frases, textos, a fim de, por meio da apresentação de idéias, dados e conceitos, chegar-se a conclusões.
Em suma, dissertação implica discussão de idéias, argumentação, organização do pensamento, defesa de pontos de vista, descoberta de soluções. É, entretanto, necessário conhecimento do assunto que se vai abordar, aliado a uma tomada de posição diante desse assunto.





Constitui o parágrafo inicial do texto e deve ter, em média, 5 linhas. É composta por uma sinopse do assunto a ser tratado no texto. Não se pode, entretanto, começar as explicações antes do tempo. Todas as idéias devem ser apresentadas de forma sintética, pois é no desenvolvimento que serão detalhadas.
A construção da introdução pode ser feita de várias maneiras:


Na construção da introdução, a utilização de um dos métodos apresentados não seria suficiente. Deve-se, num segundo período, lançar as idéias a serem explicitadas no desenvolvimento. Para tanto pode-se levantar 3 argumentos, causas e conseqüências, prós e contras. Lembre-se de que as explicações e respectivas fundamentações de cada uma dessas idéias cabem somente ao desenvolvimento.
Observe alguns exemplos:
  • A televisão - Se por um lado esse popular veículo de comunicação pode influenciar o espectador, também se constitui num excelente divulgador de informações com potencial até mesmo pedagógico.
    (as três idéias: manipulador de opiniões, divulgador de informações e instrumento educacional.)
  • Escassez de energia elétrica - Destacam-se como fatores preponderantes para esse processo o aumento populacional e a má distribuição de energia que podem acarretar novo racionamento.
    (as três idéias: crescimento da população e da demanda de energia, problemas com distribuição da energia gerada no Brasil e a conseqüência do racionamento do uso de energia)
  • A juventude e a violência - Pode-se associar esse crescimento da violência com o número de jovens envolvidos com drogas e sem orientações familiares, o que gera preconceito em relação a praticantes de esportes de luta e “funkeiros”


Esta segunda parte de uma redação, também chamada de argumentação, representa o corpo do texto. Aqui serão desenvolvidas as idéias propostas na introdução. É o momento em que se defende o ponto de vista acerca do tema proposto. Deve-se atentar para não deixar de abordar nenhum item proposto na introdução.
Pode estar dividido em 2 ou 3 parágrafos e corresponde a umas 20 linhas, aproximadamente.
A abordagem depende da técnica definida na introdução: 3 argumentos, causas e conseqüências ou prós e contras. O conceito de argumento é importante, pois ele é a base da dissertação. Causa, conseqüência, pró, contra são todos tipos de argumentos; logo pode-se apresentar 3 causas, por exemplo, num texto.
A reflexão sobre o tema proposto não pode ser superficial, para aprofundar essa abordagem buscam-se sempre os porquês. De modo prático o procedimento é:
Levantar os argumentos referentes ao tema proposto.
Fazer a pergunta por quê? a cada um deles, relacionando-o diretamente ao tema e à sociedade brasileira atual.
A distribuição da argumentação em parágrafos depende, também, da técnica adotada:


É muito importante manter uma abordagem mais ampla, mostrar os dois lados da questão. O texto esquematizado previamente reflete organização e técnica, valorizando bastante a redação. Logo, um texto equilibrado tem mais chances de receber melhores conceitos dos avaliadores, por demonstrar que o candidato se empenhou para construí-lo.
Recurso adicional - para elucidar uma idéia e demonstrar atualização, pode-se apresentar de forma bastante objetiva e breve um exemplo relacionado ao assunto.
Encontre uma causa e uma conseqüência relacionados à proposição abaixo e construa um parágrafo para cada argumento:
  • O Brasil tem enfrentado graves problemas na área de saúde e previdência públicas
  • A campanha contra a miséria e a fome está mobilizando toda a nação

Indique três causas das proposições a seguir e justifique cada uma através de uma frase
  • Precariedade do sistema de transportes
  • Alto índice de mortalidade infantil
  • Congestionamento nas grandes cidades

Aponte três conseqüências para os temas abaixo e construa um parágrafo fundamentando cada uma.
  • Baixo índice de mão-de-obra especializada
  • Falta de investimento em tecnologia
  • Uso de agrotóxicos

Levante um argumento favorável e um desfavorável para a proposição a seguir. Construa um parágrafo envolvendo suas idéias.
  • As greves dos trabalhadores em relação à sociedade e à nação



sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Quem nunca teve esta dúvida: cabeleireiro ou cabelereiro?


Quem nunca teve esta dúvida: cabeleireiro ou cabelereiro? 

Cabeleireiro ou cabelereiro

A forma correta de escrita da palavra é cabeleireiro. A palavra cabelereiro está errada. Sempre que nos quisermos referir ao estabelecimento comercial ou ao profissional que corta e penteia cabelos, devemos utilizar o substantivo cabeleireiro. 

Normalmente, na língua portuguesa, utilizamos o sufixo nominal –eiro(a) quando nos referimos a um trabalho, uma ocupação: barbeiro, sapateiro, cozinheira, engenheira,…

O mesmo acontece com cabeleireiro. Acrescentamos o sufixo –eiro à palavra cabeleira. Cabeleir(a) + eiro = cabeleireiro. É comum pensar que cabeleireiro vem de cabelo, levando assim à formação errada da palavra cabelereiro. 

Além disso, a pronúncia difícil dos dois ditongos ei, que estão tão próximos, faz com que a palavra seja pronunciada quase sempre de forma errada. A escrita e pronúncia corretas são cabeleireiro.

Exemplos:
A minha cabeleireira tem o salão sempre cheio.
Todas as semanas vou pintar meu cabelo ao cabeleireiro.

sábado, 8 de dezembro de 2012

BÊnção ou BEnção? E com ou sem acento?

BÊnção ou BEnção? E com ou sem acento?
Da acentuação gráfica das palavras paroxítonas – São 
acentuadas todas as paroxítonas com terminação diferente de a(s), 
e(s), o(s), em, ens: l: lavável, cônsul; n: éden, plâncton; ão: 
sótão(s), 
bênção(s); ã(s): ímã(s); ps: bíceps; us: vírus,
ânus; um, uns: álbum, álbuns; x: tórax, ônix; i(s): júri(s),
Mênfis; r: açúcar, câncer; ei(s): jóquei(s), têxteis. (Ao invés de
decorar essas terminações, como se fazia antigamente, tente
gravar que as terminações átonas (fracas) são a(s), e(s), o(s), em,
ens. TODAS as que forem diferentes destas são tônicas.)

Por que muitas pessoas escrevem "ABENÇÕE" e não o correto, que é "ABENÇOE" sem o ~(til) em cima do "O"?

Por que muitas pessoas escrevem "ABENÇÕE" e não o correto, que é "ABENÇOE" sem o ~(til) em cima do "O"?


Porque essas pessoas escrevem a palavra " abençoe" com o pensamento na palavra "bênção". Acabam confundindo e colocando o til sem nem olhar. 
Que Deus te abençoe, enviando também muitas bençãos a todos que lerem essa resposta.

sábado, 1 de dezembro de 2012

A Origem das Expressões A língua portuguesa possui inúmeras expressões interessantes. Muitas vezes, elas permanecem imutáveis ao longo de anos, representando um forte papel cultural para o idioma.

A Origem das Expressões
A língua portuguesa possui inúmeras expressões interessantes. Muitas vezes, elas permanecem imutáveis ao longo de anos, representando um forte papel cultural para o idioma. Existem pessoas que se ocupam em pesquisar e descobrir a origem das expressões, que podem ser fundamentadas na cultura do próprio país, ou ainda ter influência estrangeira, mitológica, religiosa, histórica, etc.
Sabe-se que as expressões são adquiridas no contato direto com a língua, na socialização dos indivíduos. De acordo com estudos, a partir dos cinco ou seis anos, as crianças começam a usar algumas expressões e, daí em diante, continuarão a enriquecer o seu dicionário mental para sempre.
Veja agora mesmo a origem das expressões a seguir:

Corredor Polonês
Corredor polonês é uma expressão comumente utilizada para denominar uma passagem estreita formada por duas fileiras de pessoas que se colocam lado a lado, uma defronte à outra, com a intenção de castigar quem tenha de percorrê-la. A expressão faz referência à região transferida por parte da Alemanha para a Polônia ao fim da Primeira Guerra Mundial, em virtude da assinatura do Tratado de Versalhes. O Corredor Polonês dividiu a Alemanha ao meio, isolando a Prússia Oriental do resto do país. Através de uma extensão de 150 quilômetros e largura variável entre 30 a 80 quilômetros, permitiu que os poloneses circulassem livremente em território alemão, bem como possibilitou o acesso da Polônia ao Mar Báltico. Posteriormente, tanto o Corredor quanto a Prússia foram incorporados ao território polonês. A disputa pela região do Corredor Polonês provocou inúmeros atritos entre os dois países. Em 1939, durante a invasão da Alemanha à Polônia, os poloneses foram encurralados pelos alemães, os quais se posicionavam dos dois lados do Corredor e atiravam contra os poloneses, que estavam no meio.
 
 
Voto de Minerva
A expressão tem sua origem em uma história pertencente à mitologia grega. Agamenon, o comandante da Guerra de Troia, ofereceu a vida de uma filha em sacrifício aos deuses para conseguir a vitória do exército grego contra os troianos. Sua mulher, Clitemnestra, cega de ódio, o assassinou. Com esses crimes, o deus Apolo ordenou que o outro filho de Agamenon, Orestes, matasse a própria mãe para vingar o pai. Orestes obedeceu, mas seu crime também teria que ser vingado. Em vez de aplicar a pena, Apolo deu a Orestes o direito a um julgamento, o primeiro do mundo. A decisão, tomada por 12 cidadãos, terminou empatada. Chamada pelos gregos de Atenas (Minerva era seu nome romano), a deusa da sabedoria proferiu seu voto, desempatando o feito e poupando a vida de Orestes. Eis a razão da expressão Voto de Minerva(também conhecida como "voto de desempate" ou "voto de qualidade").
Bafo de onça
A onça é um animal carnívoro que se lambuza bastante na hora de comer a caça. Por esta razão, fede muito e sua presença é detectada à distância na mata. Assim, pessoas que possuem o hálito fétido passaram a ser chamadas de "bafo de onça". A expressão também faz referência ao hálito de quem está (ou esteve) alcoolizado.
 
Santinha do pau oco
Expressão que se refere à pessoa que se faz de boazinha, mas não é. Nos séculos 18 e 19, os contrabandistas de ouro em pó, moedas e pedras preciosas utilizavam estátuas de santos ocas por dentro. O santo era "recheado" com preciosidades roubadas e enviado para Portugal.
 
Névoa baixa, sol que racha
Ditado muito falado no meio rural. A Climatologia o confirma. O fenômeno da névoa ocorre geralmente no final do inverno e começo do verão. Conhecida também como cerração, a névoa fica a baixa altitude pela manhã provocando um aumento rápido da temperatura para o período da tarde.
 
Sem eira nem beira
Significa pessoas sem bens, sem posses. Eira é um terreno de terra batida ou cimento onde grãos ficam ao ar livre para secar. Beira é a beirada da eira. Quando uma eira não tem beira, o vento leva os grãos e o proprietário fica sem nada. Na região nordeste este ditado tem o mesmo significado mas outra explicação. Dizem que antigamente as casas das pessoas ricas tinham um telhado triplo: a eira, a beira e a tribeira como era chamada a parte mais alta do telhado. As pessoas mais pobres não tinham condições de fazer este telhado , então construíam somente a tribeira ficando assim "sem eira nem beira".